"Quando a linguagem falha, a violência prevalece".
(Shakespheare)
A coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC/UFRJ, Heloísa Buarque de Hollanda, e o Secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, Marcus Vinicius Faustini, realizaram a segunda parte de palestras do curso de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais da Netccon.ECO.UFRJ, dia 16 de março, das 9h30 às 12h.
Heloísa apresentou a temática "A palavra como inclusão: O caso da literatura marginal, a qual faz parte de seu projeto de pesquisa "A inclusão pela palavra: literatura e cidadania". Ela descreveu o momento especial em que a cultura se encontra. Atualmente, é vista como uma economia criativa, geradora de empregos, fonte de inclusão subjetiva intensa, estamos em uma época de "culturalização, na qual tudo vira cultura". Segundo Hollanda, a produção deslizou de bens materiais para bens culturais: capitalismo cultural.
Com o admirável mundo novo trazido pela internet, a circulação de obras foi impulsionada. Situação contrária à anterior, quando a cultura era pouco acessada pela plebe. Agora, a literatura está ao acesso de todos. Para Heloísa, o século XX foi a era das imagens. O século XXI é a era da palavra, pois ela invade todas as áreas culturais de forma intensa.
A literatura marginalizada e o hip hop - Ao contrário da posição de Paulo Lins, em a Cidade de Deus, no qual o autor era testemunha do que acontecia na periferia, a ação das pessoas envolvidas com este nicho de cultura é outra.
De acordo com Hollanda, a América Latina é a única que possui a literatura Hip Hop (estética pró-ativa, compromisso sério, expressões através do break dance, MCs, grafite, basquete de rua). O movimento é mais forte em São Paulo, com a atuação de ONGs como COOPERIFA.
"Nos anos 60, as pessoas queriam ensinar aos pobres, tínhamos uma visão autoritária, com aquela idéia do pobre superestimado, queríamos levar cultura para as massas. O intelectual não acreditava que o povo tomaria a palavra dele. Agora, ele é mediador, há troca de saberes. A periferia se tornou o que ela é por falta de troca", explicou.
Como no caso da COOPERIFA, que realiza Saraus e outras atividades culturais. "É um exemplo quando a palavra substitui a arma", comentou.
* Resolvi dividir as resenhas para que o texto não fique muito grande...Como aconteceu com os anteriores...
Heloísa apresentou a temática "A palavra como inclusão: O caso da literatura marginal, a qual faz parte de seu projeto de pesquisa "A inclusão pela palavra: literatura e cidadania". Ela descreveu o momento especial em que a cultura se encontra. Atualmente, é vista como uma economia criativa, geradora de empregos, fonte de inclusão subjetiva intensa, estamos em uma época de "culturalização, na qual tudo vira cultura". Segundo Hollanda, a produção deslizou de bens materiais para bens culturais: capitalismo cultural.
A literatura marginalizada e o hip hop - Ao contrário da posição de Paulo Lins, em a Cidade de Deus, no qual o autor era testemunha do que acontecia na periferia, a ação das pessoas envolvidas com este nicho de cultura é outra.
De acordo com Hollanda, a América Latina é a única que possui a literatura Hip Hop (estética pró-ativa, compromisso sério, expressões através do break dance, MCs, grafite, basquete de rua). O movimento é mais forte em São Paulo, com a atuação de ONGs como COOPERIFA.
"Nos anos 60, as pessoas queriam ensinar aos pobres, tínhamos uma visão autoritária, com aquela idéia do pobre superestimado, queríamos levar cultura para as massas. O intelectual não acreditava que o povo tomaria a palavra dele. Agora, ele é mediador, há troca de saberes. A periferia se tornou o que ela é por falta de troca", explicou.
Como no caso da COOPERIFA, que realiza Saraus e outras atividades culturais. "É um exemplo quando a palavra substitui a arma", comentou.
* Resolvi dividir as resenhas para que o texto não fique muito grande...Como aconteceu com os anteriores...